domingo, 22 de fevereiro de 2015

E na quaresma, ele renasce...

E tu me ressurges assim: belo, altivo, irônico,  indiferente, ágil.
Mais bonito do que outrora, muito mais trânquilo, com uma inquietude sã no olhar.
Os olhos claros, azuis de verão litorâneo.
Como uma semente que esperou na latência de três invernos, o sentimento por ti eclode vibrante, no pulsar de um coração contido, ansioso pelo reencontro.
E ele veio!
Ahhh, o dedilhar de uma guarânea, no inebriante lampejo de seus gracejos.
Como o que eu mais queria, realmente, era terminar esta noite nos seus ternos abraços largos, mas me contento com os dias, esparsos, que me apareces em sonhos.
Meus mais doces beijos espectrais em sua face angelical.
O amor (e a vida) está renascendo aqui.
Amo-te, não ainda, mas a partir de hoje.