quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Num crepúsculo laranja

                    Não sei se você reparou, mas eu não me apaixonei por você, nem "fiquei afim", como supos a sua arrogância. Como eu disse, desde o começo: eu apenas aceitei os seus olhos em mim. E além disso, por uma série de motivos, que não convém, eu o tive cativo, para os meus devaneios líricos, porque apesar de tudo, eles precisavam aspergir de mim por algum canal, e só por conveniência você foi o escolhido. Não me apaixono a três anos Dna. Pedra, e por motivos óbvios, parece que os meus lirismos dedicados a ti não saem como deveriam. 
                   O fato de saber do seu recalque, também me incomoda absurdamente. Falo aqui daquela estupidez que você me escreveu, totalmente fora de propósito e sentido, em outras palavras: 'desnecessária'. Mas se você prefere continuar se iludindo com os padrões globais, que após a convivência vão se mostrar apenas mais alguma fã da Shakira, fase USA... "Just a little paciense". Não tenho nada a dizer a respeito, e acho que você também não precisava comentar essas coisas comigo, como já disse antes, TOTALMENTE DESNECESSÁRIO. 
                  Continue a construir castelos nas nuvens, a não concretizar nenhum plano, fique aí achando que eu sou leviana e que o modo aparentemente 'leve' com que eu levo a minha aparente vida não tem nada a ver com o que se passou na minha realmente vida até hoje. Pelo menos de uma coisa eu tenho certeza, não sou recalcada, e se hoje eu dou esses conselhos cheios de acidez, é porque além de ter um tanto de mágoa aqui dentro de mim, creio que algum dia eu também já fui um tanto assim, como és hoje. 
                 O que posso dizer é que, se eu entrei essa nuvem de pseudo-sentimentalidades, primeiro, foi porque você as criou, depois, joguei no lixo meia duzia de preconceitos que eu tinha em relação a você, a começar pela idade, e por fim, achei que se a ideia era estar enfim com uma boa pessoa, porque não deixar de lado as sentimentalidades vazias, as coisas ultrapassadas, os medos de adolescente? Mas de fato, a vida vomita na nossa cara que "ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais", talvez você só entenda isso daqui há cinco anos, ou nem isso, ou quiçá, nem até o fim da vida. Mas tudo bem, não o culpo por se reprimir, afinal, de algum modo, sinto que o usei, que usei seus sentimentos, afim de recuperar algo perdido há três anos: a capacidade de se apaixonar. Mas não deu certo... não é assim, não importa a boa vontade, ainda que ela existisse de ambas as partes, essas sentimentalidades tem que vir, acontecem por algum motivo, a ciência explica, mas eu prefiro ficar com a subjetividade do inexplicável. 
                  Bem, por hora boa noite, só espero não ter conseguido ser mais estúpida que você e que, como imagino, você já não acha lá muitas boas coisas de mim, logo, imagino não tê-lo decepcionado muito.
                  Abraços distantes, como os seus. Beijos frios, como os dos cadáveres.


segunda-feira, 10 de setembro de 2012





Isolado, debaixo daquelas escuras lentes presas por aros delgados eu sei que estão seu olhos, vermelhos e inchados, como sempre têm estado nas últimas semanas, perdidos para além do horizonte, onde nenhuma canção poderia tocar.
Mergulhado no vácuo, separado da alma, que tudo sente, o corpo, presente, anestesia-o, mergulhado em um torpor sanguíneo. E eu cá, do outro lado, vendo toda a sinuosa linha que percorres entre as simétricas estruturas de concreto, me pergunto, para além dos meus olhos claros e despidos, como resgatar aquela força que vinha de suas puras sentimentalidades, a força que se erguia de um amor puro, que a tudo cura? Por senti-lo demais, culpo-me, por não conseguir resgatá-lo deste estranho estado de apenas estar sem buscas, para além dos meus quereres está a vontade de curá-lo desse estranho vírus que mergulhou em seu ser, e que vez ou outra se adensa em almas por aí.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

domingo, 2 de setembro de 2012

O que aconteceu no começo de setembro...

... fica para aquela lua minguando tudo no começo do mês, seco e com indícios primaveris.


Arrependimento mata?

...dizem que não, mas que destrói muitas coisas, isso destrói.
E depois da "ressaca guerra que explode na cabeça", o novo convívio... O que fazer depois de lançar as cartas ao vento? As cartas eram pra ficar escondidinhas, embaixo da pedra, como um defunto, servindo de adubo pra grama.
A luz da gloriosa manhã me acalmou, acompanhada das dores que vem durante o processo de expurgar algo.
Eu amo e amei muitas coisas, sempre na tentativa de clarear alguns mundos por aí.
Mas parece-me que... ahn... deixa pra lá...



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Além

   Para ser clara e ser além, precisei de cinco anos. O fim que antes parecia fadado às dores eternas, amortecidas apenas pelo tempo, agora vê um lampejo de esperança. Teria um fim, faria sentido e o melhor, seria bom, tranquilo e mágico.
    Você, que ilumina as noites dos invernos polares, é a aurora que principia agora em meu peito flagelado. Ainda te amo e espero sim, mais um pouquinho, umas semaninhas, talvez...


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Derretendo



E em pleno alto inverno brasileiro, com seus amenos 23 graus, partes de mim derretendo, depois de ver você chorando de desilusão e solidão, por um provável outro alguém. It's not fair... se você não deve acreditar em Deus por conta disso, quem me sobrou para acreditar então?


terça-feira, 7 de agosto de 2012

Medo

E hoje o meu maior medo não foi ficar sem ter do que comer no mês que vem, não foi, ficar sem abrigo no inverno, o desaparecimento do meu emprego, que ficou por um fio. O que eu mais temi, foi perder a simples chance de te ter um dia, perder essa chance pra sempre. E daí, me vem você através do Vitor Ramil me falando pra deixar o medo de lado.
Vou tentar, por todas as vezes que minhas mãos tocam as suas e então meus medos simplesmente desaparecem. Vou tentar, mesmo que meio desconfiada, mais uma vez, acreditar.




segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Muy lejos de ti

Assim como já disse algum poeta, o que mais dói é toda a vida que não foi compartilhada, todas as tortinhas de blueberry que eu fiz para você, os passeios pelas praias e as músicas cantadas ao pé do ouvido, tudo aquilo que podíamos ter vivido e não passou de um devaneio sem sentido, apesar de ter sido muito sentido por mim.
Agora, do alto dessa pedra, de onde eu vejo todo mar, no norte em que o dia nunca acaba e onde todas as cabeças refletem a luz do sol, vislumbro, à distância, a ideia de quiçá um dia o seu barquinho venha aportar nessa minha enseada, porque durezas por essas terras, vi muitas, mas das suas delicadezas, não vi nada e são delas das quais tenho mais saudade.

A música já fala tudo!

My Stone:


domingo, 5 de agosto de 2012

O tempo da espera

4 meses? Não foi nem um ano! Acho que eu aguento mais um pouco, se não houver sofrimentos pelo meio do caminho, obviamente.


sábado, 4 de agosto de 2012

Chega de Saudade

Então é isso, é? Você quer me matar!
É não me importaria com essa de morte, vinda aí dos seus olhinhos.
Saudades de você menino. Foi tão bom rever-te hoje, que pouco me importa o que digam os oráculos, pouco importa-me que o destino não nos queira assim, você pra mim e eu pra você. Pouco importa-me tudo isso, porque foi você o meu sonho de dias de encanto e eu estou feliz pela nossa meia hora de prosa assim compartilhada.
Te adoro e tanto faz o seu revez, eu te gosto e se isso será findo, quem decidirá por hora, não serei eu, se você tiver que sair do meu peito em algum momento, o tempo que providenciará a sua retirada em retaguarda, por enquanto eu só quero é te amar e te amar.



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Saudade

E lá, bem no meio da terra dos sonhos, eu sonhei com você. Por que?
Era pra ter passado, para tudo ter partido junto com os fusos, o vento, a chuva e a neve. Mas ainda assim, no dia mais lindo, você acabou estando comigo de alguma forma.
E agora o medo abate sobre mim, pois sei, que apesar da imensa vontade de abraçar-te e ficar em seu aconchego por horas, você se afastará de mim, pois sei que em seu mundo sou apenas mais alguma coisa irrelevante.


domingo, 1 de julho de 2012

Last night... one more tear...

Por que eu fui me apaixonar por você? Diacho! Agora é uma poesia a cada dia, tantas lágrimas por noite e algum comprimido vez ou outra. Logo agora, que eu te percebi, você se distraiu, seu olhar foi voar por outros campos.
E o meu coração não cansa de cantar baladas românicas... e você já deve estar exausto de tantas corridas, estar sempre em clima de fuga não deve ser das coisas mais confortáveis.
Mas eu não posso fazer mais nada... metade do meu coração tá aí, nessas suas lindas mãos gordinhas e a outra metade que ainda está aqui, dispara toda vez que você passa.
Por que agora? Bem na hora em que eu já tinha me acostumado com a ideia de que não iria mais me apaixonar por ninguém, me apareceu, cheio das gentilezas e cavalheirismos à la vintage.
E agora quanto tempo mais me levará para esquecer esses olhinhos de jabuticaba, os cachos e coração de anjo, a voz das esferas, essa cara de criança e o jeito sério e confiante de um senhor?
Não sei... sei que ficarei destruída, aqui por mais um tempo.
Mais uma noite mal dormida...






terça-feira, 26 de junho de 2012

So sorry...

Desculpa Pedro, mas quando você me despreza e me ignora eu perco totalmente a vontade de te escrever algo lírico, sensível e poético. Aliás, só me dá vontade de te oferecer músicas sertanejas de rimas pobres e sentimentalidades banais.



                                                                              ;-) Pra você, Gatcheenhu!!!

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Volando

E ainda chove, meu Deus... cada pingo que já se foi, corredeiras a baixo, de baixo das nuvens cinzentas, não chega perto do tempo que meus pensamentos recorrem a ti. Cada dor do dia, cada necessidade de alento, minha mente voa até sua fortaleza. E é ali, naquela segura proteção que espero ficar, confortável e quentinha, enrolada entre lençóis e edredons de algodão, na caminha do meu príncipe, perdida no abraço do sempre querer estar. E tudo que não é nós, e tudo que não é mais você e eu, estará de fora do meu castelo de flores.


terça-feira, 19 de junho de 2012

on a rainny day...


E porque choveu e porque porque furou o pneu, mas principalmente porque caminhei, guarda-chuva aberto, entre as ruas que me cercam há anos, resolvi escrever.
Porque as gotas, me deixaram numa tal introspecção, mais uma vez pensei em você e também por ti, pensei mais em mim.
Nos meus idos dos 22 e de alguém, daquela época, recebi esses dias, em palavras digitadas, algo mais ou menos assim: "O problema Clara, não é que os outros nunca amem tanto quanto você, de modo algum, a questão, é quem em uma relação, sempre alguém estará mais disposto, e sinto lhe dizer mais uma vez, você nunca encontrará alguém minimamente tão disposto quanto você. E mais, ninguém quer o excessivamente disposto, porque todos preferem continuar acreditando que o seu próprio Amor é o maior."
E nessas de solidão, de auto Amor, de alto Amor, não pude deixar de pensar o quanto és dedicado (e sei que és, não pelo que dizes, mas pela forma que ages, com amor, em todos os seus gestos) e que quiçá, assim espero, que esse meu amigo dos tempos idos esteja errado. Que ainda que não me tenhas como objeto dileto de atenção, sei que és capaz de tamanho sentimento é por isso e por muito mais que "tanto de mim eu dedico à você". ( http://www.youtube.com/watch?v=R0yaKxA2JO8 )


domingo, 17 de junho de 2012

Porque não se pode dizer que é o fim de algo que nem começou...

O clichê romântico não é mais clichê, e o amor é tão banalizado que talvez nem seja algo de fato realmente válido na pós-modernidade.
 Venho aqui pra escrever pra alguém que apesar de eu ter notado de cara eu não aceitei, não aceitei que era ele o que eu sempre quis para mim, até, que um dia, quando eu decidi que nunca mais andaria pelas terras por onde andas, eu descobri, que era ali, onde morava a chave para a eternidade.
 Por hora, só agora, não falarei dos seus atributos que me encantam, precisarei (e tentarei usar) de uma eternidade para descrever o que seria ter encontrado você. Não és meu Eu enantiomorfo, como em um espelho, igual, mas ao contrário. És além! És, como disse um sábio, a pedra que darás origem a um legado de amor. Vê-se isso, para além dos seus olhos de paz e de seus gestos fortes e delicados, que transmitem a confiança nunca dantes encontrada, meu amor por ti está implícito em todas as minhas palavras e não palavras, antes mesmo de existires em meu mundo, era por isso que sempre esperava, não por seres a completude, mas por seres o além do imaginado, por mim e por ti.
  Volto, sempre voltarei para escrever a ti e para te ver também, mesmo que com o desejo do conviver latente. Deixarei por enquanto, como tem sido... aéreo.

http://www.youtube.com/watch?v=xaCcjmiO-GU